Hoje resolvi escrever sobre umas pessoas que nem sabem que existo, e que também a alguns dias atrás eu não imaginava que existiam. Porém pela realidade delas apresentada numa matéria de um programa de uma emissora de TV, tomei conhecimento de brasileiros que vivem isolados da sociedade.
São pessoas que vivem em lugares precários, lugares que nem animais poderiam sobreviver.
De acordo com isso, fiquei a imaginar como deve ser o dia-a-dia daqueles seres humanos que estão de fato “Escapando”, lutando contra a fome e as doenças.
Em um estado aqui no nosso Brasil ( Cujo não me recordo qual é ) foi apresentado a realidade de uma família que moram em casas de pedras, por esse motivo eles não têm acesso a água encanada e tratada, e muito menos a luz elétrica. O que mais me chamou a atenção, é que as crianças que lá residem, dão mais de 6 viagens por dia até um pocinho de água que fica a quase 2km de sua "casa" para pegar água, tanto para banho quanto para beber e cozinhar!
Assistindo aquela matéria fiquei indignada, por ver aquela situação triste, e lembrar que nosso país é um país rico e de grandes diversidades, onde a maioria dos políticos quando eleitos fazem totalmente o contrário do que prometeram na época das eleições.
Muitos políticos dizem que vão melhorar a saúde, aumentar a segurança, priorizar a educação, para que por fim melhorem a situação dos brasileiros.
Seria melhor que não prometessem nada disso. Sim, pois isso faz apenas iludir aquelas pessoas que no sonho de mudarem de realidade, acreditam no que a maioria dos políticos prometem e ainda aplaudem tudo aquilo.
Por fim, depois de eleitos, esquecem do povo e vão luxar com o dinheiro público, que na realidade seria pra investir na população!
Fiquei muito triste ao assistir aquelas cenas de miséria numa família humilde e esquecida num recanto do nosso Brasil...
Lembrei rapidamente da letra da música do grande cantor e compositor Flávio José, que se chama: “O Meu País”
Segue abaixo a letra dessa música, que retrata muito bem a realidade do nosso Brasil:
(Flávio José – O Meu País)
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina.
Que não ouve o clamor dos esquecidos,
Onde nunca os humildes são ouvidos,
E uma elite sem Deus é quem domina.
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do Carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio-x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina.
Que não ouve o clamor dos esquecidos,
Onde nunca os humildes são ouvidos,
E uma elite sem Deus é quem domina.
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do Carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio-x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que dizima a sua flora
Festejando o avanço do deserto
Pois não salva o riacho descoberto
Que no leito precário se estertora
Um país que cantou e hoje chora
Pelo bico do último concriz
Que florestas destrói pela raiz
E há grileiros de fome e pé no chão
Pode ser que ainda seja uma nação
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo.
Festejando o avanço do deserto
Pois não salva o riacho descoberto
Que no leito precário se estertora
Um país que cantou e hoje chora
Pelo bico do último concriz
Que florestas destrói pela raiz
E há grileiros de fome e pé no chão
Pode ser que ainda seja uma nação
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo.
Por Danielly Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário